22, janeiro, 2013

Culinária e atendimento

 

Como começou sua carreira na culinária?
Comprando uma pizzaria no ano de 1993 em Maracaju (MS), onde era restaurante, lanchonete e pizzaria e funcionava só a noite. Com a saída da pizzaiola que era tida como a melhor da cidade na época, eu tive que me virar e enfrentar as "panelas". Foi quando me tornei o pizzaiolo, depois o chapeiro e o cozinheiro. Consequentemente confeccionava tudo à la carte. Um ano depois já possuia, em outro ponto, o melhor restaurante da cidade.
 
O que você aprendeu nessas experiências em outros estados?
Que a culinária brasileira é rica em diversidade, sabores, e que cada região tem os seus temperos típicos, sem que uma seja melhor que a outra, mas sim diferentes.
 
Como surgiu a sociedade e a ideia da Casa do Nico?
Junior, meu sócio, e eu tínhamos um buffet de eventos na cidade de Sorriso (MT), quando no ano de 2010 surgiu um grande problema com o prédio que locávamos e precisamos vender a empresa com nome e tudo, pois não tínhamos outro local para montá-la. Com essa situação fomos pra Curitiba nos especializar, onde passamos o ano de 2011 e lá surgiu a ideia de virmos para o Nordeste e montar um restaurante aqui. Após muita pesquisa decidimos por Fortaleza.
 
O que levou vocês a escolherem Fortaleza para este novo negócio?
As oportunidades que a cidade proporciona, o crescimento com os eventos esportivos que automaticamente trará muito investimento pra cidade, o próprio status de uma das cidades mais visitadas do Brasil, além de também buscar qualidade de vida e aqui encontrei isso.
 
Como vocês avaliam o mercado cearense, apesar do pouco tempo na cidade de Fortaleza?
Existe um crescimento grande na área gastronômica na cidade, percebemos isso em apenas um ano aqui, todavia também percebemos que a mão-de-obra é escassa na questão de qualidade e mesmo os empresários do ramo, pelo menos a maioria, ainda não se atentaram a esse crescimento afim de ter excelência nos seus estabelecimentos. Percebemos mudanças pra melhor a cada dia, mas ainda é muito lenta essa melhora. 
 
O que vocês fizeram para administrar a questão do atendimento da casa?
Treinamento e reconhecimento são as palavras chaves para se administrar colaboradores. Com nossa equipe não é diferente. Buscamos ter uma ambiente o mais saudável possível para que nossos colaboradores exerçam suas funções com prazer. Nós mesmos treinamos nossos colaboradores para estarem sempre no padrão Casa do Nico, sempre satisfazer e encantar nossos amigos/clientes e automaticamente sabemos reconhecê-los seja de que forma for.
 
Qual a diferença entre o dia a dia de um restaurante e preparar a culinária de um evento?
Primeiramente o cardápio. Em nosso caso, no self service fazemos comida caseira e regional e nos eventos geralmente pede-se uma culinária mais requintada, empratado, etc. A montagem do buffet e salão são diferentes e requer know-how para discernir o que é certo ou errado, ou pelo menos o que fica melhor, harmonizar o ambiente. A administração da equipe também é diferente, pois, precisamos passar para os colaboradores "freelancers" em rápidas palavras qual o padrão de atendimento e trabalho da Casa do Nico. Para isso um rápido treinamento é sempre bem vindo. Em nosso caso temos três pessoas para gerir tudo isso e que entendem de todas as áreas de um restaurante, portanto, torna-se menos difícil. 
 
O que é mais difícil no dia a dia de um chef?
Aqui em Fortaleza ou em qualquer lugar quente, o calor dentro de uma cozinha é bem difícil, mas com 20 anos de profissão já estou mais do que acostumado, mas que é difícil, isso é. Mediante a falta de bons profissionais nesta área o trato com os mesmos é um ponto delicado no dia-a-dia. Graças a Deus conseguimos uma equipe fantástica na Casa do Nico.
 
Quais são os novos projetos para a Casa do Nico?
Com apenas três meses de inauguração, nosso maior projeto hoje é nos estabelecer no cenário gastronômico da cidade e automaticamente ter o reconhecimento dos clientes quanto a isso. Nossa missão é sermos reconhecidos como o melhor self service intimista de Fortaleza.
 
Rua Affonso Celso, 1020 – Aldeota
Horário de funcionamento:  segunda a sexta, das 11h às 14h30 e sábado, das 11h às 15h30
Valor do quilo no self service: R$ 32,90
Contato: (85) 3268-3136