26, outubro, 2012

Moana no Desafio Queulat

 

A terceira noite do Desafio Queulat, no dia 25 de outubro, foi marcada pela ousadia. O chef Eduardo Sisi do restaurante Moana montou combinações inusitadas, que na primeira olhada pareciam não dar certo, mas no paladar se apresentaram  como boas surpresas de sabores.
 
O jantar começou uma cestinha crocante amanteigada com creme de mandioquinha e costelinha confitada. O chef arriscou a costelinha na harmonização com o Gran Reseva Queulat Sauvignon Blanc (safra 2011). O que muitos poderiam afirmar que não daria certo, um vinho branco com carne, conseguiu ser perfeito em quase todos os detalhes. Uma pitada de mostarda no prato, não fez muita diferença, mas um pedacinho de gorgonzola no creme de mandioquinha deu um toque especial , finalizando com a textura crocante da cestinha feita com a mesma massa do pastel produzido na casa.
 
O prato principal foi outro risco. Sisi uniu o camarão de Acaraú, o aspargo de Icapuí e a carne de cordeiro de Beberibe no prato Trio do Ceará. A dica do chefe foi degustar um pedaço de cada ingrediente do prato de uma vez só. Bem, a dica fez a diferença, um mix de sabores casou perfeitamente com Gran Reserva Quelat Carmenère (safra 2010), que poderia ter sido desequilibrada pelo camarão, mas felizmente não foi o que aconteceu. 
 
Na sobremesa, que foi o maior desafio para todos os chefs, Eduardo também acertou. O prato Princesa Negra, finas fatias de pêra ao vinho com calda de frutas vermelhas ficou bem equilibrado com o Gran Reserva Queulat Syrah (safra 2008).
 
No discurso da noite, Eduardo Sisi salientou que a grande estrela foi a gastronomia. “O evento agrega muito à gastronomia cearense. Foi muito gratificante participar desse desafio logo com grandes chefs como o Charles e a Marie Anne. É dessa união que vamos fazer uma gastronomia forte no Ceará, sem esquecer de sempre utilizar os ingredientes regionais”, disse Eduardo.
 
Resultado
 
O resultado do Desafio Queulat será divulgado no 21 de novembro, em Recife, mas o Portal Sabores que participou de todos os jantares escolheu o seu vencedor. O jantar de Marie Anne foi bem equilibrado pecando na sobremesa, e o de Eduardo Sisi foi cheio de ousadias, mas com escolhas certeiras. Apesar do equilíbrio inusitado encontrado pelo chef do Moana, Charles Alenxandrini foi o que conseguiu a melhor harmonização, combinando perfeitamente todos os sabores desde a entrada até a sobremesa.