Que tal um passar quatro dias na beira da praia, esquecer do trabalho, dos problemas? Melhor, que tal esses quatro dias serem regados a muita lagosta por um precinho impossível de se encontrar em Fortaleza? Todo ano o município de Icapuí oferece esse privilégio aos visitantes e moradores da cidade no Festival da Lagosta. Em sua sétima edição, o evento contou com a participação de 13 barracas e pousadas, onde cada uma mostrou ao público sua versão de lagosta. Grelhada, assada, no molho, com arroz, alho, óleo, maracujá, manga, moqueca, no côco, para os visitantes ficou a difícil tarefa de escolher qual provar. O evento encerrou no último domingo, dia 18, com um público de 20 mil pessoas durante os quatro dias de festival.
O evento teve um total de 14 receitas diferentes e cada prato tinha um preço fixo de R$ 10,00. A Barraca do Carlinhos e o Restaurante Peixada do Toinho optaram pela lagosta ao alho e óleo, a escolha não foi das melhores, pois como os pratos não foram preparados na hora perdeu o sabor intenso que a combinação proporciona. Já a Barraca da Boneca levou um grill para o salão, o resultado foi uma lagosta quentinha, bem feita, com a carne derretendo na boca, o chamado Grisado da Boneca. Ponto ainda para Jarnildo Bernardo, vendedor da barraca que com sua animação conquistou os clientes.
Outros participantes arriscaram, mas nem sempre acertaram. A Barraca Zé de Mariano tentou ousar, mas perdeu o ponto. A Lagosta ao molho de maracujá acabou saindo um pouco insossa e o molho de maracujá não estava bem apurado. Já a Pousada Encanto Há acertou em cheio e criou o melhor prato do Festival, a Lagosta ao Molho de Manga agradou a todos que provaram. Acompanhada de arroz com um molho que além de manga tinha creme de leite, ervas finas, pimenta calabresa, cebola, azeite e conhaque, apesar do sabor intenso, o molho não tirou o gosto da iguaria, casando perfeitamente os ingredientes com o toque final de noz moscada por cima do prato.
Acerto também da Pousada Oh Linda!, criando a Lagosta Retiro Grande, uma moqueca inusitada do fruto do mar cobiçado. Criativa no prato, apesar do dendê na medida, agradou mais aos amantes de pimenta. A Pousada O Francisco também fez diferente com seu risoto de Lagosta, pena ter sido servido frio, o sabor da iguaria bem marcante, teria sido melhor se o prato fosse bem quentinho.
Participaram ainda a Barraca Pôr do Sol com o Ensopado de Lagosta; a Barraca do João Velho com Lagosta ao Molho de Siri; a Pousada Estrela da Peroba e sua Lagosta pulando na panela (alho, cebolinha verde, coentro, cebola branca, pimentão); a Pousada Barraca Canaã com a Lagosta Ensopada ao Leite de Côco; e a Pousa Planeta Redonda que trouxe dois pratos em dias diferentes, a Lagosta ao Molho de Ervas Aromáticas, acompanhado de purê de aipim com queijo parmesão e o Yakisoba de Lagosta.
Segundo Geraldo Menezes, presidente da Associação Grupo de Desenvolvimento do Turismo de Icapuí (GDTur), instituição organizadora do evento, foram utilizados pelos participantes, cerca de 500 quilos de lagosta, 300 deles disponibilizados pela Associação. Com o intuito de divulgar a principal atividade econômica do município, a pesca de lagosta, e a região como destino turístico, o evento vem trazendo visitantes que já gostam do evento e muitos que participam pela primeira vez.
Apesar de já conhecer Icapuí, o aposentado Dalton Ellery de Fortaleza provava pela primeira vez as lagostas do festival. “Pra mim todo o investimento em cultura é válido e culinária é uma das artes mais belas. Achei uma ótima aposta um evento como esse”, revela Dalton. O empresário Juscielzo Rebouças de Tibaú (RN) veio a segunda vez para o evento e confirma que a edição de 2012 foi melhor que a do passado. “Estrutura, o local, os pratos, as pessoas, está tudo melhor selecionado, muito bom”, avalia o empresário.
A conscientização dos participantes que o evento é uma forma de divulgação dos seus respectivos negócios também é crescente. Proprietária da Barraca Por do Sol, Elenilda Rebouça serve a lagosta pescada pelo marido. “Eu venho para divulgar mais a barraca e mostrar para o público a procedência da lagosta, produto de qualidade pescado aqui mesmo em Icapuí”, revela Elenilda. Já Maria Neide da Silva, da Pousa da Zé Mariano participa desde a primeira edição e garante que “vale a pena para divulgar também a culinária da região”.
Entre erros e acertos culinários, o fato é que o Festival é uma oportunidade única de provar a Lagosta em suas mais derivadas roupas.
Atrações musicais
O Festival abriu espaço também para uma programação musical gratuita na estrutura erguida próxima à Barraca da Boneca. Na quinta-feira, se apresentaram a Banda Municipal de Icapuí e Los Kakos. Na sexta-feira, os show do grupo Ciribáh Soares e o Samba do Grande Amor e banda Donaleda foram cancelados devido o falecimento do proprietário da Barraca da Boneca. No sábado, quem abriu a programação no palco foi a banda Monomotor e, para fechar, show do cantor Guilherme Arantes. No domingo, foi a vez das bandas Cacimba de Aluá e Banda Base.
Que tal um passar quatro dias na beira da praia, esquecer do trabalho, dos problemas? Melhor, que tal esses quatro dias serem regados a muita lagosta por um precinho impossível de se encontrar em Fortaleza? Todo ano o município de Icapuí oferece esse privilégio aos visitantes e moradores da cidade no Festival da Lagosta. Em sua sétima edição, o evento contou com a participação de 13 barracas e pousadas, onde cada uma mostrou ao público sua versão de lagosta. Grelhada, assada, no molho, com arroz, alho, óleo, maracujá, manga, moqueca, no côco, para os visitantes ficou a difícil tarefa de escolher qual provar. O evento encerrou no último domingo, dia 18, com um público de 20 mil pessoas durante os quatro dias de festival.
