Tendo em vista o aperto no primeiro dia de Prazeres da Mesa, na área destinada ao Melhor das Cidades, a organização reviu a disposição do espaço e colocou uma faixa dividindo em dois sentidos o longo corredor onde se instalaram alguns restaurantes de Fortaleza. Melhorou, mas não resolveu. Num dado momento, pessoas queriam apenas passar, mas não podiam por conta das enormes (e inevitáveis) filas.
Uma delas se concentrava na frente do estande da Tortelê, que serviu dois mil salgados e 800 doces. “É uma ótima oportunidade de levar nossos produtos a mais pessoas. Só os melhores estão aqui e isso é uma vitrine importante”, avalia Diogo Padilha.
Quem concorda é Lia Quinderé, da Sucré Patisserie, que fez sucesso no Melhor das Cidades, no primeiro dia de evento. “É importante esse contato com o público. Muita gente que vem participar não conhece o nosso trabalho e outras se espelham na gente, querem, um dia, estar aqui”, declara. “Me sinto honrada de estar aqui. É uma chance de partilhar o que sabemos. Ganhamos mais que o público com isso”.
É o caso da estudante de gastronomia Emília Alves, que participava pela primeira vez. “O evento está muito bem estruturado. Todas as escolhas foram acertadas. Aprendi muito e espero, no futuro, estar do outro lado, com direito a foto no banner oficial e tudo”, diz, empolgada.
O técnico de panificação Maurício Nascimento, de Maracanaú, disse que a inscrição foi motivada pela presença de Alex Atala, mas que também vai voltar para casa impressionado com as novidades e tendências que viu. Por motivos óbvios, ele gostou especialmente da oficina ministrada por Neiva Terceiro. “Quero me capacitar ainda mais de olho na Copa do Mundo. Acho que dei um passo importante aqui”, avaliou.
Tudo por Atala
A secretária e “amante da gastronomia”, Normânia Gurgel, chegou às 5h40 da manhã para conseguir uma vaga na aula de Alex Atala. Com a senha 56 na mão ela conseguiu, mas não teve a mesma sorte em outras oficinas. “Fui informada de que não havia mais espaço na sala. É uma pena, mas o evento está muito bom. Só precisa pensar nessa grande demanda no ano que vem”, reclamou.
Criz Amaral, estudante de gastronomia, acrescentou ainda que esta demanda tende a aumentar por conta de necessidade das pessoas de se prepararem para a Copa do Mundo e ainda pelo número crescente de cursos na área que surgem em Fortaleza. “É muita gente querendo (participar) e pouco espaço. No ano que vem, precisa ser (realizado) num lugar maior”. Fica a dica.